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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Aumenta o consumo de frutas e hortaliças no Brasil e cai número de pessoas que praticam exercícios

Aumenta o consumo de frutas e hortaliças no Brasil e cai número de pessoas que praticam exercícios - VIGITEL 2009


18,9% da população optam por cinco ou mais porções diárias desses alimentos, 2,6 vezes mais que três anos atrás. Por outro lado, preocupa o crescimento do consumo de refrigerantes, de produtos gordurosos e o aumento do sedentarismo no país
As frutas e hortaliças estão mais presentes no prato do brasileiro.
Estudo inédito do Ministério da Saúde revela que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por esses alimentos cinco ou mais vezes na semana. E 18,9% consumiram cerca de cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em 2006, 7,1%. Isso equivale as 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Contudo, o Ministério da Saúde alerta para o aumento no consumo de alimentos com alto teor de açúcar e gordura e do número de sedentários no país.


Os dados sobre o perfil da alimentação do brasileiro e o hábito de fazer atividade física integram levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. Foram entrevistadas 54.367 entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009. O levantamento foi apresentado durante a comemoração do Dia Mundial de Saúde nesta quarta-feira, 7 de abril, na sede da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em Brasília.

HÁBITO ALIMENTAR - De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro. “Tem reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods”, afirmou Deborah, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-transmissíveis do Ministério da Saúde. Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo a hábitos saudáveis. “O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas”, destaca.

Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura contra 39,2% em 2006. A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah Malta, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.

REFRIGERANTES - Contudo, os dados demonstram também que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. Em 2008, 24,6% da população bebia refrigerantes cinco ou mais vezes na semana.
ntre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior, 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles. O leite com teor integral de gordura também é o preferido: 58,4% da população consomem esse produto cinco ou mais vezes na semana. Um aumento de quase 2% em três anos. Em 2006, 57,4% da população preferiam os integrais ao invés de desnatados ou semi-desnatados.
Já o consumo de feijão, tão comum na culinária brasileira, está caindo. Esse alimento, que é rico em fibra e ferro, em 2009, fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos cinco ou mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%, o que representa uma queda de 8,4% em três anos. “O feijão requer tempo de preparado e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro”, afirma Deborah Malta. Segundo ela, para reverter o quadro, é preciso ampliar as políticas de promoção da saúde, além de esforços de outros setores do governo, como educação, agricultura e comércio.

SEDENTARISMO - As ações também devem estar integradas ao incentivo e orientação para a prática regular de exercícios físicos. “Hoje observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileirão, e isso não é compensado com aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias”, alerta Deborah Malta.
Os dados da pesquisa confirmam essa realidade. Apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária - 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%. O estudo demonstra ainda aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.
Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. “Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas”, afirma Deborah Malta.

Para a melhoria da qualidade de vida da população, o governo federal instituiu, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde. Desde então, estados e municípios recebem incentivos financeiros para ações de estimulo à prática de exercícios físicos, alimentação saudável e construção de espaços de convivência e lazer.

Veja o Perfil completo:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/vigitel_2009_deborah_malta.pdf
Mais informações: (61) 3315 3580 e 3315 2351
Fonte: CGPAN - Notícias - 07/04/10

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição no SUS: PNAN 10 Anos


A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que integra a Política Nacional de Saúde (SUS), publicada há 10 anos, apresenta uma trajetória singular de avanços e conquistas. Consolidou-se como política setorial promotora de segurança alimentar e nutricional e do direito humano à alimentação adequada.

O Seminário Nacional pretende debater e avaliar a PNAN. Será uma oportunidade para que a sociedade, através dos meios legais de participação e controle social, exerça seu direito de avaliar e propor diretrizes para execução das políticas públicas.


Data: 08 a 10 de junho de 2010
Local: Brasília – DF


Objetivo
Avaliar a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e propor diretrizes para sua reformulação.


Participantes
O seminário reunirá representantes dos conselhos estaduais de saúde, trabalhadores, gestores, usuários, prestadores de serviços e ainda autoridades e especialistas no tema alimentação e nutrição.
Promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) por intermédio da Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN) em parceria Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN).


Etapa Estadual
A realização do Seminário prevê duas etapas: estadual e nacional. Os estados vão discutir o tema central, apresentar novas propostas e escolher 04 representantes do Estado para o Seminário Nacional. O documento-base servirá de subsídio ao debate.

Prazos
Os eventos estaduais deverão acontecer até o dia 10 de abril de 2010.


Mais informações
www.saude.gov.br/nutricao
seminariopnan@saude.gov.br
ciancns@saude.gov.br
(61) 3315.2559

Fonte: GCPAN - Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição - Ministério da Saúde

terça-feira, 30 de março de 2010

GREENPEACE denuncia: Nestlé financia destruição de floresta e põe orangotangos no rumo da extinção

"Em 17 de março protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.
Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.
Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia. "

Assista o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uBBFBXpXbSQ&feature=player_embedded

Maiores informações em:
 http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/noticias/nestle-financia-destrui-o-de


quinta-feira, 11 de março de 2010

Fitoterápicos deverão ter orientação sobre forma de uso

Medicamentos derivados de plantas medicinais deverão passar a ser vendidos acompanhados de informações que expliquem para que servem e como devem ser usados. Os dados poderão estar em um folheto informativo na embalagem ou no próprio invólucro da planta.



As regras estão em uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em vigor desde ontem, assinada com o objetivo de padronizar as regras para os produtos, muitas vezes vendidos em mercados populares sem a orientação de um profissional.


Essas plantas medicinais precisam ser usadas da maneira correta para alcançar o efeito desejado e, como qualquer outro medicamento, podem causar efeitos colaterais. As regras serão publicadas no site da agência.


A resolução traz uma tabela que informa a parte da planta que deve ser utilizada, a forma de utilização (se ela deve ser colocada em infusão ou macerada, por exemplo), se o produto deve ser ingerido ou não, indicações, contraindicações, efeitos adversos e interações com outros medicamentos, além de outros alertas.


Por exemplo: para que funcionem contra a insônia, as partes do maracujá que devem ser utilizadas são as folhas, em uma colher (sopa) misturada com uma xícara (chá) de água uma ou duas vezes ao dia. Elas não podem ser usadas junto com sedativos.

Os fabricantes das drogas deverão ainda apresentar à Anvisa resultados de testes de qualidade. A resolução faz parte de uma política pública para ampliar o uso dos fitoterápicos.

Atualmente, há oito deles na lista de medicamentos que podem ser comprados por Estados e prefeituras com recursos do Ministério da Saúde.



São eles:
Mikania glomerata - guaco (usado para tosse)
Maytenus ilicifolia -espinheira-santa (úlcera e gastrite)
Cynara scolymus L -  alcachofra (dores abdominais)
Schinus molle L. - aroeira (ginecológico)
Rhamnus purshiana  cáscara-sagrada (prisão de ventre)
Harpagophytum procumbens -  garra-do-diabo (dores lombares e artrose)
Glycine max - isoflavona de soja (climatério) 
Uncaria tomentosa - unha-de-gato (anti-inflamatório e imunoestimulante).

 Folha de S.Paulo, 11/03/10

quarta-feira, 10 de março de 2010

PÓS GRADUAÇÃO - PROMOÇÃO DA SAÚDE




PROMOÇÃO DA SAÚDE: DESAFIO DO SÉCULO XXI


Há mais de três décadas, fala-se em promoção da saúde. A constatação feita pelo “Informe Lalonde” de que o quadro sanitário do Canadá não seria alterado para melhor, se não se implementassem ações de promoção da saúde, tornou-se clássica. Os gastos com atenção à saúde voltada para sua recuperação eram vultosos e não alterariam substancialmente a realidade.


Os dados do quadro sanitário brasileiro revelam que estamos vivendo o mesmo impasse: gastos crescentes com recuperação de saúde e aumento da incidência dos agravos. É chegada a hora de nos voltarmos para a promoção da saúde.


Para tanto, é imprescindível que tenhamos profissionais habilitados a elaborar e gerenciar programas que se fundamentem na ampla gama de propostas do campo de promoção da saúde. A eficácia dos programas de promoção da saúde depende da garantia de níveis crescentes de autonomia para indivíduos e grupos sociais (emancipação), uma vez que cabe à própria comunidade comandar o processo de transformação de sua realidade.


Habilitar um profissional para essa importante tarefa é capacitá-lo para compreender, em toda sua plenitude, o conceito de intersetorialidade. Esse objetivo já incorpora a idéia de que o curso que propomos, procura habilitar profissionais de todos os setores de governo, não apenas da saúde, para que o próprio curso já se revista desse caráter intersetorial. Essa característica se estende aos profissionais responsáveis pela gerência e/ou gestão de planos de saúde, um microcosmo muito semelhante a uma empresa pública, em diversos aspectos.


Por outro lado, é imperativo aprender a trabalhar com o conceito de vulnerabilidade e seu conceito especular, a resiliência, a partir de sua correta identificação até a implementação de práticas que visam à redução daquela e o incremento desta. Para tanto, é preciso estar habilitado para a realização do diagnóstico do território com a inclusão de parâmetros pouco habituais, que dêem conta da existência e da importância relativa da vulnerabilidade, bem como do potencial de resiliência das comunidades que constituem esse mesmo território.


Não resta dúvida de que é um grande desafio. No entanto, parafraseando Lalonde, podemos afirmar que é um desafio inadiável. Os modelos atuais de atenção à saúde não dão conta da imprescindível integralidade, levando a resultados um tanto pífios, praticamente não alterando o quadro sanitário brasileiro.


A Promoção da Saúde, em toda sua plenitude, embora não deva ser entendida como panacéia, é o grande desafio do século XXI. A ampla divulgação de seu potencial, de sua riqueza, a sensibilização das comunidades sobre a necessidade de implementação de programas com base nos seus fundamentos, o convencimento dos responsáveis pelo poder público sobre sua imprescindibilidade são tarefas que não podem ser mais adiadas.


Por tudo isso, estar habilitado tecnicamente para planejar, implementar e gerir programas no âmbito da Promoção da Saúde é garantir um nicho privilegiado entre os que estarão à frente dessa verdadeira revolução.


Esperamos você!

CBESC

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Redução de carga horária para nutricionistas

O substitutivo do PLS nº 249, que tramitava no Senado Federal, foi aprovado esta semana, no dia 09 de Dezembro, e agora depende somente da assinatura do Presidente da República para entrar em vigor.



É uma grande conquista da FNN e da categoria, que recebe o devido reconhecimento por seu trabalho essencial na promoção da saúde.


Jornada de trabalho de 30 horas semanais, insalubridade e regulamentação de quantidade de nutricionistas necessários para atendimento em diversos segmentos são algumas das conquistas desta Lei, que com a melhoria das condições de trabalho beneficiará toda categoria e o atendimento à população brasileira.


Agradecemos a todos que de uma forma ou outra auxiliaram nesta conquista.


Entre no site da Federação Nacional de Nutricionistas (link no título) para conhecer a PLS nº 249 e para assinar o manifesto solicitando ao Presidente que assine o Projeto de Lei.



Fonte: site FNN - www.fnn.org.br