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terça-feira, 30 de março de 2010

GREENPEACE denuncia: Nestlé financia destruição de floresta e põe orangotangos no rumo da extinção

"Em 17 de março protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.
Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.
Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia. "

Assista o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=uBBFBXpXbSQ&feature=player_embedded

Maiores informações em:
 http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/noticias/nestle-financia-destrui-o-de


quinta-feira, 11 de março de 2010

Fitoterápicos deverão ter orientação sobre forma de uso

Medicamentos derivados de plantas medicinais deverão passar a ser vendidos acompanhados de informações que expliquem para que servem e como devem ser usados. Os dados poderão estar em um folheto informativo na embalagem ou no próprio invólucro da planta.



As regras estão em uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em vigor desde ontem, assinada com o objetivo de padronizar as regras para os produtos, muitas vezes vendidos em mercados populares sem a orientação de um profissional.


Essas plantas medicinais precisam ser usadas da maneira correta para alcançar o efeito desejado e, como qualquer outro medicamento, podem causar efeitos colaterais. As regras serão publicadas no site da agência.


A resolução traz uma tabela que informa a parte da planta que deve ser utilizada, a forma de utilização (se ela deve ser colocada em infusão ou macerada, por exemplo), se o produto deve ser ingerido ou não, indicações, contraindicações, efeitos adversos e interações com outros medicamentos, além de outros alertas.


Por exemplo: para que funcionem contra a insônia, as partes do maracujá que devem ser utilizadas são as folhas, em uma colher (sopa) misturada com uma xícara (chá) de água uma ou duas vezes ao dia. Elas não podem ser usadas junto com sedativos.

Os fabricantes das drogas deverão ainda apresentar à Anvisa resultados de testes de qualidade. A resolução faz parte de uma política pública para ampliar o uso dos fitoterápicos.

Atualmente, há oito deles na lista de medicamentos que podem ser comprados por Estados e prefeituras com recursos do Ministério da Saúde.



São eles:
Mikania glomerata - guaco (usado para tosse)
Maytenus ilicifolia -espinheira-santa (úlcera e gastrite)
Cynara scolymus L -  alcachofra (dores abdominais)
Schinus molle L. - aroeira (ginecológico)
Rhamnus purshiana  cáscara-sagrada (prisão de ventre)
Harpagophytum procumbens -  garra-do-diabo (dores lombares e artrose)
Glycine max - isoflavona de soja (climatério) 
Uncaria tomentosa - unha-de-gato (anti-inflamatório e imunoestimulante).

 Folha de S.Paulo, 11/03/10

quarta-feira, 10 de março de 2010

PÓS GRADUAÇÃO - PROMOÇÃO DA SAÚDE




PROMOÇÃO DA SAÚDE: DESAFIO DO SÉCULO XXI


Há mais de três décadas, fala-se em promoção da saúde. A constatação feita pelo “Informe Lalonde” de que o quadro sanitário do Canadá não seria alterado para melhor, se não se implementassem ações de promoção da saúde, tornou-se clássica. Os gastos com atenção à saúde voltada para sua recuperação eram vultosos e não alterariam substancialmente a realidade.


Os dados do quadro sanitário brasileiro revelam que estamos vivendo o mesmo impasse: gastos crescentes com recuperação de saúde e aumento da incidência dos agravos. É chegada a hora de nos voltarmos para a promoção da saúde.


Para tanto, é imprescindível que tenhamos profissionais habilitados a elaborar e gerenciar programas que se fundamentem na ampla gama de propostas do campo de promoção da saúde. A eficácia dos programas de promoção da saúde depende da garantia de níveis crescentes de autonomia para indivíduos e grupos sociais (emancipação), uma vez que cabe à própria comunidade comandar o processo de transformação de sua realidade.


Habilitar um profissional para essa importante tarefa é capacitá-lo para compreender, em toda sua plenitude, o conceito de intersetorialidade. Esse objetivo já incorpora a idéia de que o curso que propomos, procura habilitar profissionais de todos os setores de governo, não apenas da saúde, para que o próprio curso já se revista desse caráter intersetorial. Essa característica se estende aos profissionais responsáveis pela gerência e/ou gestão de planos de saúde, um microcosmo muito semelhante a uma empresa pública, em diversos aspectos.


Por outro lado, é imperativo aprender a trabalhar com o conceito de vulnerabilidade e seu conceito especular, a resiliência, a partir de sua correta identificação até a implementação de práticas que visam à redução daquela e o incremento desta. Para tanto, é preciso estar habilitado para a realização do diagnóstico do território com a inclusão de parâmetros pouco habituais, que dêem conta da existência e da importância relativa da vulnerabilidade, bem como do potencial de resiliência das comunidades que constituem esse mesmo território.


Não resta dúvida de que é um grande desafio. No entanto, parafraseando Lalonde, podemos afirmar que é um desafio inadiável. Os modelos atuais de atenção à saúde não dão conta da imprescindível integralidade, levando a resultados um tanto pífios, praticamente não alterando o quadro sanitário brasileiro.


A Promoção da Saúde, em toda sua plenitude, embora não deva ser entendida como panacéia, é o grande desafio do século XXI. A ampla divulgação de seu potencial, de sua riqueza, a sensibilização das comunidades sobre a necessidade de implementação de programas com base nos seus fundamentos, o convencimento dos responsáveis pelo poder público sobre sua imprescindibilidade são tarefas que não podem ser mais adiadas.


Por tudo isso, estar habilitado tecnicamente para planejar, implementar e gerir programas no âmbito da Promoção da Saúde é garantir um nicho privilegiado entre os que estarão à frente dessa verdadeira revolução.


Esperamos você!

CBESC